Resenha de "Os pássaros", Frank Baker

“Ninguém até então havia sido capaz de matar ou capturar uma daquelas pragas. Pelo contrário, um considerável número de pessoas engajadas em combatê-las tinha morrido.”

Comecei a ler com a expectativa de um romance, como no filme, mas é mais um relato de um pai para uma filha. Hitchcock não adaptou a história em si para seu filme, apenas a concepção central.

O narrador é um sobrevivente dos ataques dos pássaros em Londres e acompanhamos com ele a chegada dos pássaros e o pavor que assola a cidade em suas perseguições e ataques. Ninguém sabe dizer de onde vieram nem o porquê de agirem de tal forma. As pessoas que tentavam atacá-los acabavam machucadas enquanto eles saíam ilesos.

O autor nos faz viver os dilemas mais profundos do personagem. Mais para um suspense que terror, o livro nos remete a um caos apocalíptico onde através de uma lenta e descritiva narrativa, o narrador nos leva a diversos momentos de sua vida e à divagações filosóficas.

“Era perda de tempo olhar um segundo que fosse para o passado; tudo isso já estava morto.”

O livro não possui divisão por capítulos, mas é dividido em três partes: o que torna bastante difícil interromper a leitura. Nas últimas vinte páginas melhora consideravelmente e nos passa uma lição: devemos encarar nossos medos de frente para que eles não nos atormentem mais.

“É uma coisa que não pode ser compreendida, podemos apenas nos assombrar a seu respeito.”

Como sempre a editora nos surpreende com suas lindas edições. Na capa temos um leve relevo nas partes em marrom e o livro vem com uma pena negra dentro. A borda das páginas é preta e dentro tem imagens de um pássaro no começo e no fim do livro e também uma breve introdução sobre o autor. Levando em conta a época em que foi escrito, é um bom livro.

INFORMAÇÕES DO LIVRO Título: Os pássaros Autor: Frank Baker

Ano de publicação: 2016

Páginas: 304 Editora: Darkside Books

No idioma: Português Gênero: Suspense e mistério / terror ISBN: 9788566636437 Avaliação média: 3,6/5 Minha Avaliação: 2,0/5 Data da Resenha: 24/04/2017 Crítico: Vanessa Januth

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