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Resenha de "Bom dia Veronica" , Andrea Killmore

  • Foto do escritor: plataformaliteraria
    plataformaliteraria
  • 26 de abr. de 2017
  • 2 min de leitura

“Como alguém pode mentir de modo tão cruel só para arrancar dinheiro de uma mulher iludida?”

Verônica tem 38 anos e é secretária de Wilson Carvana. Está arrumando sua bolsa quando uma mulher sai da sala dele chorando e se joga da janela do 11º andar. Suas últimas palavras foram: “Agora ele vai ser capaz de me amar”. Segundo Carvana, Marta Campos (a mulher que se suicida) dissera que havia conhecido um homem na internet que lhe havia arrancado dinheiro e desaparecido e ele disse que não poderia fazer nada (engaveta, Verô).

Contrariando as ordens de Carvana, Verônica decide investigar o caso por conta própria. Verônica mora com seu marido Paulo e seus filhos Lila e Rafael. Formada em letras e filha de policial, tenta se matar aos 24 anos após a morte de sua mãe. Seu pai fora acusado de corrupção e tentou se matar. Foi dado como morto e vivia num asilo em estado vegetativo. A cada problema que passa, sabe que o pai é a única pessoa com que pode desabafar, pois não revelará nada a ninguém.

Então conhecemos Janete. Uma mulher que sofre maus-tratos por seu marido Brandão que é PM. Ela então liga para Verônica após assistir notícias do caso Marta Campos. Janete “contratava” moças na rodoviária, geralmente vindas do Norte, para que Brandão fizesse o que bem entendesse com elas enquanto Janete ficava com uma caixa de madeira na cabeça só ouvindo através dos furos laterais.

“O ser humano é podre e egoísta, prefere o problema que já conhece a enfrentar o desconhecido com honra".

Verônica é uma personagem muito humana. Comete erros (chegando ao nível de burrice extrema), se enoja com as coisas que presencia e trai seu marido diversas vezes no decorrer da trama. Sabemos o que é certo e errado, mas o livro nos faz questionar se faríamos o certo em determinadas situações.

O livro é narrado em primeira pessoa por Verônica e em terceira pessoa por Janete. Conseguimos, através da linguagem coloquial, nos identificar com os personagens e o enredo da trama em si. A história se passa em São Paulo e tem cenas fortes de estupro, tortura e muitos palavrões, cheio de reviravoltas e ação, que quase me fez acabar com todos os meus post-its (de marcação).

“Mulher é que nem índio, se pinta para a guerra que enfrenta todo dia.” “O passado esquece, o presente vive e o futuro, Deus proverá.”

Após toda a leitura, um mistério prevalece: Quem é Andrea Killmore? Nada sabemos a respeito da autora, que escreve sob um pseudônimo e permanece desconhecida.

A editora ainda enviou meu exemplar personalizado com uma caixinha com meu nome. Não tem como não amar a caveirinha.

INFORMAÇÕES DO LIVRO Título: bom dia, Verônica Autor: Andrea Killmore

Ano de publicação: 2016 Páginas: 256 Editora: Darkside Books

No idioma: Português Gênero: Suspense e mistério / triller ISBN: 8594540175 Avaliação média: 4,3/5 Minha Avaliação: 5/5 Data da Resenha: 25/04/2017 Crítico: Vanessa Januth

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