Resenha de "Suicidas", Raphael Montes

“É impressionante a atração humana pela desgraça alheia.”

Até que ponto realmente conhecemos as pessoas?

Nove jovens aparentemente comuns. Alguns na faculdade, tocando numa banda, jogando pôquer. Ninguém imaginaria que fossem suicidas. Tudo acontece no porão da casa de Zak. Eles decidem se trancar e fazer uma roleta-russa, onde todos morrerão um a cada rodada. “-Esta é uma das vantagens de saber que vai morrer. Você não precisa se preocupar com sua saúde daqui a dez anos. Vive mais o agora. Você deveria experimentar.”

Alê, como escritor, resolve registrar tudo e morrer pela sua causa de achar que assim possa ser lembrado.

“Cometer suicídio é como se tornar um deus por alguns segundos.”

O livro é dividido em três tempos: antes da roleta-russa, durante e um ano depois, quando as mães dos jovens se reencontram para discutir o assunto com a delegada.

“Dê um brinquedo a uma criança e ela se esquece dele uma semana depois. Dê uma bronca e ela se lembrará pelo resto da vida.”

Zak, Maria João, Waléria, Lucas, Alessandro, Otto, Noel, Ritinha, e Dan (portador de síndrome de Down) são os protagonistas dessa trama chocante e muito bem construída que me prendeu até a última página.

“Não importa o quanto o destino cisme em romper o tênue fio que nos une, os laços da infância não se desfazem.”

No final foi como se eu tivesse levado um tapa na cara, pois não tinha percebido grande parte do que aconteceu. Um livro para que tem estômago forte.

INFORMAÇÕES DO LIVRO -Título: Suicidas -Autor: Raphael Montes -Ano de publicação: 2012 -Páginas: 488 -Editora: Benvirá -No idioma: Português -Gênero: Literatura brasileira / suspense e mistério / Triller -ISBN: 9788564065574 -Avaliação média: 4,5/5 -Minha Avaliação: 5/5 -Data da Resenha: 26/05/2017 -Crítico: Vanessa Januth

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